Como Ganhar Mais Vendendo na Praia do que Trabalhando como Executivo na Faria Lima

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Como Ganhar Mais Vendendo na Praia do que Trabalhando como Executivo na Faria Lima

A ideia de que um executivo da Avenida Faria Lima, coração financeiro de São Paulo, é sinônimo de altos ganhos e estabilidade é amplamente difundida. No entanto, com o cenário de mudanças econômicas e novas formas de trabalho, há quem questione se é possível ganhar mais em uma atividade aparentemente simples, como vender na praia. Neste artigo, iremos explorar a diferença de ganhos entre essas duas atividades, mostrando que, com planejamento e uma abordagem estratégica, é possível gerar uma renda maior vendendo na praia do que como um executivo no mercado financeiro.

O Perfil dos Executivos da Faria Lima

A Avenida Faria Lima concentra uma grande quantidade de escritórios de bancos de investimentos, gestoras de fundos, corretoras e startups. Executivos nesse ambiente têm salários que, de acordo com a Catho e outros portais de emprego, variam amplamente. Um gerente de investimentos pode ter uma remuneração entre R$ 20.000 e R$ 30.000 mensais, enquanto um diretor de banco de investimentos pode ganhar de R$ 50.000 a R$ 100.000 por mês, dependendo do bônus de performance.

Contudo, esses altos salários não são a realidade para todos os profissionais. A média salarial de analistas financeiros, por exemplo, gira em torno de R$ 8.000 a R$ 15.000 mensais, e ainda existem os custos de vida elevados em São Paulo, incluindo moradia, transporte, alimentação e lazer.

Vendedores de Praia: Um Cenário Surpreendente

Vendedores na praia, por outro lado, lidam diretamente com o público consumidor, muitas vezes turistas dispostos a gastar com alimentos, bebidas, roupas e acessórios. Um vendedor de bebidas, por exemplo, pode vender produtos com margens de lucro que variam de 100% a 300%. A demanda é sazonal, e no verão, um vendedor de bebidas e alimentos pode ter uma média de vendas diárias entre R$ 1.000 a R$ 3.000, dependendo da localização e do fluxo de turistas.

Vamos fazer uma simulação baseada em dias de trabalho no verão:

  • Suponhamos que um vendedor de água de coco e bebidas trabalhe na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, durante os meses de alta temporada (dezembro a fevereiro), totalizando 90 dias.
  • Receita diária estimada: R$ 2.000 (venda de água de coco, refrigerantes, cerveja e petiscos).
  • Custo de operação (compra de mercadorias e logística): R$ 1.000.
  • Lucro diário: R$ 1.000.

Se o vendedor operar todos os dias da temporada, o total de lucro seria:

  • Lucro total em 3 meses (90 dias): R$ 1.000 x 90 dias = R$ 90.000.

Em comparação, um executivo de nível médio na Faria Lima que ganhe R$ 15.000 mensais terá uma renda bruta de R$ 45.000 no mesmo período. Portanto, mesmo no curto prazo, um vendedor na praia pode ganhar mais durante a alta temporada.

Projeção Anual: Executivos vs. Vendedores

Claro, vender na praia é altamente dependente da estação. Mas e se considerarmos uma projeção anual para ambos?

Executivos da Faria Lima

  • Média salarial de um analista financeiro: R$ 10.000 mensais.
  • Salário anual bruto: R$ 120.000.

Considerando os descontos de INSS, impostos e plano de saúde, estima-se que o salário líquido anual seja aproximadamente 75% do valor bruto, ou seja, R$ 90.000 por ano.

Vendedores de Praia

Para um vendedor que consiga adaptar seu negócio às estações, vendendo produtos relacionados a cada período (como açaí, picolés, itens de verão no calor e quentinhas ou cafés nas épocas mais frias), a receita pode se manter constante.

  • Lucro médio diário no verão (alta temporada): R$ 1.000.
  • Lucro médio diário no restante do ano (baixa temporada): R$ 500.

Se o vendedor mantiver essa estratégia, podemos projetar o seguinte:

  • Lucro durante 90 dias de alta temporada: R$ 1.000 x 90 dias = R$ 90.000.
  • Lucro durante 275 dias de baixa temporada: R$ 500 x 275 dias = R$ 137.500.
  • Lucro anual total: R$ 90.000 + R$ 137.500 = R$ 227.500.

Ao comparar com o salário líquido de um analista financeiro (R$ 90.000 anuais), o vendedor de praia tem um lucro significativamente maior, chegando a mais de R$ 227.500 anuais.

Fatores de Custo e Estilo de Vida

Enquanto o vendedor de praia pode gerar uma receita consideravelmente alta, é importante observar as condições de trabalho e os custos envolvidos. Vendedores de praia geralmente enfrentam custos operacionais como:

  • Licenças e permissões: O trabalho na praia exige autorização da prefeitura ou órgãos responsáveis, o que pode ter um custo anual.
  • Equipamentos e manutenção: Freezers, carrinhos e outros equipamentos precisam ser comprados e mantidos.
  • Deslocamento e logística: Transporte dos produtos até a praia diariamente.

Ainda assim, esses custos são significativamente menores em comparação com o custo de vida de um executivo na Faria Lima, que inclui altos valores de aluguel em bairros próximos ao centro financeiro, alimentação em restaurantes e transporte.

Como Ganhar Mais Vendendo na Praia do que Trabalhando como Executivo na Faria Lima

Flexibilidade e Qualidade de Vida

Além dos ganhos financeiros, a flexibilidade do trabalho autônomo, como vender na praia, oferece uma qualidade de vida muitas vezes superior à de um executivo que trabalha longas horas no ambiente estressante do mercado financeiro. Muitos vendedores conseguem adaptar suas jornadas de trabalho, escolher seus horários e até tirar longos períodos de folga durante a baixa temporada, algo que é difícil para executivos em cargos de alta pressão.

Simulação de Ganhos e Gastos

Vamos fazer uma simulação final comparando os ganhos e despesas de ambos os perfis:

Executivo da Faria Lima:

  • Salário mensal: R$ 10.000.
  • Despesas mensais:
  • Aluguel: R$ 3.000.
  • Alimentação: R$ 1.500.
  • Transporte: R$ 500.
  • Plano de saúde: R$ 1.000.
  • Outros: R$ 1.000.
  • Despesas totais mensais: R$ 7.000.
  • Sobras mensais: R$ 3.000.

Vendedor de Praia:

  • Lucro médio diário: R$ 500 (média de alta e baixa temporada).
  • Lucro mensal: R$ 15.000 (considerando 30 dias trabalhados).
  • Despesas mensais:
  • Compra de mercadorias: R$ 7.000.
  • Transporte e logística: R$ 1.000.
  • Licenças e manutenção: R$ 500.
  • Outros: R$ 1.000.
  • Despesas totais mensais: R$ 9.500.
  • Sobras mensais: R$ 5.500.

Ao fim de um ano, o vendedor de praia teria um saldo de R$ 66.000, enquanto o executivo teria R$ 36.000. Isso sem contar o estresse e a carga horária mais elevada de um executivo.

Conclusão

Embora a carreira de executivo na Faria Lima seja associada a altos ganhos e prestígio, vender na praia pode ser uma alternativa lucrativa, especialmente quando bem planejada. A flexibilidade, a menor pressão e a possibilidade de ganhos elevados, especialmente em temporadas de alta demanda, fazem desse um modelo de trabalho atraente. No fim, o sucesso depende mais da gestão financeira, planejamento e foco, do que do cargo em si.

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